o próximo iPhone

não consigo mais fingir interesse em debates sobre megapixels, zoom ótico e comparações infinitas entre câmeras de celulares. parece que todo ano, a mesma história se repete: o novo iphone é anunciado e, surpresa, as câmeras são a atração principal – de novo. como se a cada atualização, estivéssemos apenas rearranjando pixels numa tentativa frenética de captar a imagem perfeita que, convenhamos, já foi atingida há várias gerações de smartphones. sério, qualquer celular decente hoje em dia tira fotos incríveis. a questão deixou de ser a qualidade da imagem e passou a ser algo muito mais interessante: a experiência de capturar essas imagens.

pra mim, fotografia vai além de especificações técnicas ou de quão absurda a resolução pode ser. é sobre como me sinto no momento de capturar a cena. é o quão rápido o obturador reage quando aquela expressão espontânea acontece. é a fluidez de capturar movimento sem perder o instante. em outras palavras, é a confiança na consistência do dispositivo. não adianta nada ter um arsenal de lentes e sensores de última geração se, no momento crucial, a experiência é truncada, se o processo me tira da imersão ou me faz perder o momento tentando configurar algo que deveria ser intuitivo.

cada vez que um novo iphone é lançado, voltamos à mesma ladainha sobre as melhorias na câmera, como se essa fosse a única coisa que importa. como se estivéssemos todos em uma missão desesperada para competir com fotógrafos profissionais, quando, na verdade, a maioria de nós só quer capturar momentos do dia a dia de forma simples e prazerosa. a verdade é que, na prática, 95% das pessoas não precisam do que estão vendendo. é apenas mais um truque de marketing, um ciclo de “melhorias” que não mudam o essencial: a experiência de fotografar.

o que realmente importa pra mim é a consistência – aquele sentimento de que, não importa a situação, o aparelho vai me entregar o que eu espero. que ele não vai me deixar na mão ou me forçar a pensar demais quando eu deveria estar focado em aproveitar o momento. e, claro, que ele não vai me distrair com 500 opções de lentes e modos quando tudo que eu quero é apertar o botão e capturar o que está acontecendo à minha frente.

então, enquanto o mundo se empolga mais uma vez com a nova câmera do iphone, vou continuar preferindo a simplicidade da experiência. a facilidade de capturar o que importa, sem precisar de uma enciclopédia de configurações. a verdadeira fotografia, pelo menos pra mim, sempre foi sobre estar presente no momento – e isso não tem nada a ver com o quão avançada é a câmera que você está segurando.

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uma crítica à obsessão por especificações técnicas em novas câmeras de smartphones, destacando que a verdadeira fotografia está na simplicidade e na experiência de capturar o momento, não na quantidade de megapixels ou modos de câmera.
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